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Mulheres jovens de zonas rurais da Costa Rica são capacitadas em tecnologias geoespaciais para impulsionar a agricultura e a sustentabilidade das suas comunidades

Rally 2021
A região de Chorotega, onde vivem as beneficiárias do rali, é parte do Corredor Seco Centro-Americano, território particularmente afetado pela escassez de água e em que a agricultura familiar é muito importante como meio de subsistência e oferta de alimentos.

São José, 18 de novembro de 2021 (IICA) – Cerca de 20 mulheres jovens da Costa Rica, que trabalham na agricultura familiar, na produção de adubo orgânico, na administração hídrica e em áreas afins à gestão de recursos naturais, receberam capacitação em voo de drones, desenho de protótipos eletrônicos, programação, manufatura aditiva e impressão 3D para gerir projetos que promovam a sustentabilidade nas zonas rurais do país.

As jovens, moradoras da região de Chorotega (Pacífico norte do país), participaram de um rali em tecnologias geoespaciais aplicadas à agricultura para a redução da lacuna digital em mulheres das zonas rurais da Costa Rica, organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), pela Escola de Geografia da Universidade da Costa Rica (UCR) e pela Comissão Costarriquenha de Cooperação com a UNESCO.

Esta foi a quinta edição dessa atividade, cujo objetivo é gerar o interesse das mulheres rurais pelas tecnologias digitais e aproveitar o seu talento para identificar problemas ambientais e criar soluções que beneficiem a gestão dos seus territórios.

Para Wendy Salazar, participante do rali, de Hojancha, Guanacaste, “os conhecimentos adquiridos permitirão desenvolver um projeto para, mediante ferramentas tecnológicas, geolocalizar os componentes da distribuição da água e ter acesso mais fácil às informações, melhorar o controle e usar de forma mais eficiente os recursos hídricos”.

A região de Chorotega, onde vivem as beneficiárias do rali, é parte do Corredor Seco Centro-Americano, território particularmente afetado pela escassez de água e em que a agricultura familiar é muito importante como meio de subsistência e oferta de alimentos.

Um dos aspectos relevantes da iniciativa é que as mesmas mulheres se tornam facilitadoras de conhecimento. Por exemplo, Valeria Méndez, de Oreamuno de Cartago (região central do país), que participou da segunda edição do rali, hoje colabora nas capacitações organizadas pela UCR e pelo IICA, passando a sua experiência para outras jovens.

“Isso é sumamente importante, porque viemos de comunidades afastadas e é muito valioso que, com o apoio dessas instituições, se possam oferecer soluções tecnológicas para os problemas dessas localidades e preencher um pouco a lacuna tecnológica que afeta as mulheres rurais”, disse Méndez.

Como resultado da atividade na região de Chorotega, foram criados projetos sobre aplicativos digitais para a tomada de decisão e gestão de dados ambientais, protótipos de monitores eletrônicos e aplicações de modelos impressos em 3D, aos quais os organizadores darão acompanhamento técnico para garantir que tenham impacto positivo nas comunidades.

“Muitas das líderes locais podem estar a cargo de aquedutos ou projetos produtivos e, graças a essas tecnologias, poderão melhorar a eficiência na economia de água e energia, ter dispositivos para controlar a produtividade do gado e das lavouras e monitorar a umidade do solo para saber quando regar ou aplicar fertilizantes, entre outros usos”, explicou Pascal Girot, Diretor da Escola de Geografia da UCR.

“É muito importante demonstrar com ações técnicas e afirmativas que a tecnologia e a inovação devem ser efetivamente canalizadas para populações com grandes lacunas, como as jovens rurais”, disse Jonathan Castro, coordenador do Laboratório de Fabricação Digital Fab Lab do IICA.

 

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